O tênis, como esporte, foi introduzido em Ourinhos na época dos ingleses, que dirigiam a Companhia Ferroviária São Paulo Paraná, na décadas de 1930 e 1940. As residências dos ingleses eram no ínicio da Avenida Rodrigues Alves. Na segunda casa, à direita, sentido centro vila, logo depois do pontilhão sobre a ferrovia morava Dr. Wallace Hepburn Morton, muito relacionado na sociedade de Ourinhos. Nos fundos da residência construíram uma quadra de tênis, frequentada por engenheiros e altos funcionários da viação São Paulo Paraná, bem como algumas pessoas da sociedade.
Com a privatização da estrada, e a partida dos ingleses, a quadra foi desativada. Mas ficou o gosto pelo esporte na cidade.
A SANBRA era a nossa principal indústria e, quando dirigida pelo simpático casal Michel e Margot, estes, que frequentavam a casa do Dr. Morton, resolveram construir uma quadra no terreno da Sanbra, na década de 1940, que passou a ser a sede do esporte para alguns poucos. Mas, como o grupo de frequentadores aumentava, por disposição da firma, a quadra foi desativada. Consta que por ela, mais tarde pastavam cabras.
Quando a família Perino loteou sua chácara, na década de 1950, um terreno foi destinado para o Esporte Clube Operário, área que ficava aos cuidados do Olímpio Coelho Tupiná, Altamiro Pinheiro e outros. Nessa época, foram plantados os eucaliptos.
Ali, os funcionários da Agência Ford, liderados por Angelo Silva, todos torcedores do Operário, debaixo de umas árvores faziam seus churrascos regados a caípirinha e bate papos. Para lá foram os amantes do tênis, quase todos que frequentavam a Sanbra, para construir uma quadra. Tudo foi feito na raça, matando formigas, carregando saibro com carrinho de mão, soquete no chão. E nesse terreno destinado ao Operário nasceu o Ourinhos Tênis Clube.
No dia 17 de junho de 1957, às 19:30, na sede o Grêmio Recreativo de Ourinhos, fundava-se o Ourinhos Tênis Clube.
Lá estavam como sócios fundadores os seguintes senhores: Alexandre Dal Poz, Giovani Renzo Martini, Sérgio Antônio Golin, José Vicente do Amaral, Antônio Ferreira Batista, Antônio Martelli Filho, Arnaldo Abuhamad e Alfredo Abuhamad.
Decidida a fundação indicaram imediatamente a diretoria provisória que se encarregaria das primeiras medidas.
Esta foi a diretoria provisória:
Presidente - Antônio Martelli Filho
Vice-Presidente - Alexandre Dal Poz
1° Secretário - Sérgio Antônio Golin
2° Secretário - Antônio Ferreira Batista
1° Tesoureiro - José Vicente do Amaral
2° Tesoureiro - Arnaldo Abuhamad
Diretor Esportivo - Alfredo Abuhamad
Foram criadas três categorias de sócios: Honorários, Fundadores e Contribuintes em número máximo de 20 (vinte). Mais tarde esse número foi aumentado para 50 (cinquenta), e mais tarde ampliado novamente.
Os Sócios Honorários, desde que tomassem parte ativa nos movimentos esportivos do Clube, ficariam sujeitos a uma taxa de Cr$ 100,00. Os Sócios Fundadores também pagariam uma mensalidade de Cr$ 100,00. Os Sócios Contribuintes pagariam uma jóia de Cr$ 2.000,00 e mensalidade de Cr$ 100,00. Estipularam o número máximo de Sócios Contribuintes porque talvez não acreditassem no desenvolvimento do então pequeno clube.
Pelas primeiras atas da Diretoria e Conselho Deliberativo, há registro de alguns nomes dos 20 primeiros Sócios Contribuintes: Ângelo Silva, Joaquim Andrade Dias, Fábio Moscogliato, Lauro Zimmer, Homero Ferreira, João Olante, Cláudio Dias Mota, Januário Ghiroti, Haroldo Leite Assumpção, José Antonio Mella, Cássio Camargo, Paulo Ribeiro de Moraes, Fariz Salim Freua, José L.M. Thomaz, Clóvis Conceição de Souza, Benedito Trindade, Mario Cury, Antônio Benedito Prado Bastos, Windor Antônio Rosa dos Santos.
Na mesma reunião foi aprovado o nome de "OURINHOS TÊNIS CLUBE". Logo depois foi legalizada a posse do terreno com a compra da área.
O clube cresceu depressa: fundado a 17 de Julho de 1957, logo depois era construída uma quadra de tênis de saibro, e aumentava o prestígio do então pequeno clube.
Terminaram a quadra rapidamente e, em pouco tempo era marcada a inauguração. No dia 1° de Setembro de 1957, início da Samana da Pátria, ela era inaugurada com um torneio, reunindo tenistas de Ourinhos, Cambará e Ipaussu. Tudo bem planejado, com as devidas comissões. Houve corte de fita pelo Prefeito José Maria Paschoalick, bênção da quadra, início dos jogos, coquetel e entrega dos troféus.
Quando foi feita a reforma da entrada do Grêmio Recreativo de Ourinhos, houve uma tentativa de união com o Ourinhos Tênis Clube, considerada boa para ambos, por motivos financeiros e para atender melhor aos associados de ambos os clubes. Houve então reunião para essa tentativa, mas não chegaram a uma conclusão.
Também o Clube Atlético Ourinhense lançou seus olhares para a quadra de tênis e seu patrimônio. Na ata de 15 de Janeiro de 1960, foi apresentada a proposta do Ourinhense.
O Ourinhense se propunha a receber todo o material e a quadra de tênis por preço a ser avaliado, admitindo como seus os sócios do clube, mediante acerto da jóia através da compensação do material pertencente ao Ourinhos Tênis Clube. A transferência chegou a ser aprovada com as seguintes condições: transferência da quadra ao Ourinhense, condicionada a sua iluminação e avaliação do material. Foi dado prazo de 15 dias para a concretização mas a transferência não foi efetivada, por diversos motivos e aí estão os dois Clubes.